A PARAFERRO trouxe algumas curiosidades sobre a Festa de Nazaré

Este ano, a Arquidiocese de Belém anunciou um novo formato para o Círio de Nazaré. A festa religiosa reúne milhões de pessoas pela rua da cidade, algo inviável neste momento em que o distanciamento social é recomendado e necessário.

Esta não é a primeira alteração que acontece no Círio. A festa é marcada por diversas modificações que a fizeram chegar no formato que hoje conhecemos.

A PARAFERRO trouxe algumas curiosidades sobre o Círio de Nazaré.

O ACHADO

Existem diversas versões sobre o início da história do Círio de Nazaré, mas todas elas têm em comum o achado da imagem da Virgem pelo caboclo Plácido.  Segundo um manuscrito de Dom Frei João Evangelista, quinto bispo do Pará, no final do mês de outubro de 1700, Plácido encontrou uma pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré às margens do igarapé onde seus pais foram sepultados.

A mata e seus rochedos formavam uma espécie de altar natural. Acreditando que a imagem tinha sido esquecida ou perdida por alguém que passou pelo local, Plácido a levou para casa.

O RETORNO

Na manhã seguinte, a surpresa: a imagem havia desaparecido. Após muita procura, ela foi reencontrada e seu local de origem. Plácido a levou de volta para casa, mas o fenômeno voltou a ocorrer por vários dias. Ela ficou até guardada uma noite no Palácio do Governo sob forte vigília, mas mesmo assim voltou ao Igarapé Murucutu.

Plácido entendeu a mensagem e construiu uma capela para a Virgem no lugar em que ela tanto queria estar. A pequena ermida para abrigar a imagem era simples de taipa e palha, mas a notícia do “milagre do retorno” logo se espalhou e muitos devotos vieram homenagear a santa.

A pequena capela se tornou a Basílica de Nazaré que conhecemos hoje e que é a casa da imagem original, a do achado.

O PRIMEIRO CÍRIO

O movimento em torno da capela era grande. Comerciantes, moradores e devotos formavam o grande fluxo de pessoas que deu início ao “Arraial de Nazaré. Em fevereiro de 1773, Dom Frei João Evangelista Pereira solicitou à rainha de Portugal e ao Papa a autorização para a realização de uma festividade em homenagem à Virgem.

Muito anos se passaram até a autorização oficial e o que hoje é considerado o Primeiro Círio só ocorreu em 8 de setembro de 1793. Na sua primeira edição, a festa já tinha um grande volume de presentes, estima-se que entre 5 a 10 mil pessoas.

A CORDA

Com o passar dos anos, a festa veio tomando um grande formato e um dos seus símbolos mais conhecidos foi inserido: a corda.

A berlinda que levava a Virgem na procissão foi construída por devotos e colocada em um carro conduzido por bois. Belém ainda não tinha a urbanização e a camada de asfalto nas ruas que tem hoje, por isso, era muito comum o carro com a nossa padroeira ficar atolado.

Segundo a história conta, a corda foi inserida na procissão em 1855, como uma ferramenta que ajudasse o povo a tirar a berlinda de um atoleiro. Hoje ela continua presente, tendo como aspecto principal o sacrifício e o trabalho em conjunto para conduzir a Virgem.

A corda também conta com as “estações”, estruturas de metal que auxiliam no traslado e que ajudam na organização da procissão. Assim, a corda é divida em cinco estações e muitos romeiros preferem puxar a berlinda desta estrutura que contribui com a tração e o ritmo da romaria.

A PARAFERRO é devoção!

Para a força da fé, a força do metal.

Assim como a treliça dá sustentação às obras, a fé em Nossa Senhora de Nazaré sustenta nossos sonhos.

Somos uma empresa 100% paraense e com orgulho que ter Maria como nossa mãe!

Pesquisa e redação: Debb Cabral

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